Membros da Família Imperial do Brasil puderam
reencontrar parentes na Europa, em dois eventos festivos da monarquia: os
casamentos de Marguerite de Nicolay, neta da Princesa Dona Pia Maria de Orleans
e Bragança e do Conde René de Nicolay, com Alban Miller Mackay e do Príncipe
Felix de Luxemburgo com Clair Lademacher.
Marguerite de Nicolay, nascida em 1984, é
filha do Conde Jean Louis e da Condessa Barbara de Nicolay, nascida Condessa d’Ursel
de Boussies. Marguerite é, por isso, neta da Princesa Dona Pia Maria de Orleans
e Bragança – irmã do Chefe da Casa Imperial do Brasil de 1922 a 1981 - o Príncipe
Dom Pedro Henrique. Ela visita o Brasil com frequência, estando também presente
nos importantes eventos da Família Imperial, como o casamento de sua prima, a
Princesa Dona Isabel com o Conde Alexander de Stolberg-Stolberg em 2009, no Rio
de Janeiro.
Alban Miller Mackay, Francesca Romana Diana, Marguerite de Nicolay e o Conde Loic d'Ursel no casamento de Dona Maria Elisabeth de Orleans e Bragança com Pablo Trindade, em 2011, no Rio de Janeiro
Alban Miller Mackay, nascido em 1979, é filho
do escocês Brian Hugh Miller Mackay e Delphine Marie de Maistre. Sua mãe é descendente
da Família dos Condes de Maistre, sendo seus avôs maternos o Conde Xavier
Eugène de Maistre e a Condessa Magali d´Isoard de Chénerilles – filha do Marquês
Pierre d’ Isoard de Chénerilles, e seu penta-avô o Conde Joseph de Maistre,
grande escritor, filósofo, diplomata, advogado, pensador católico e monarquista
francês. Alban é também descendente dos Condes de Sabran-Pontèves, família da
qual faz parte a Duquesa Gersende de Orléans, da França, esposa do Príncipe
Jacques, filho da Princesa Dona Isabel de Orleans e Bragança, Condessa de
Paris. O pai de Alban é proprietário do histórico Castelo Puiseux le Hauberger,
em Oise.
Castelo do Lude
O casamento ocorreu em 7 de setembro de 2013,
na presença das Princesas Dona Luísa, Dona Maria da Gloria, Dona Maria
Eleonora, Dona Maria Teresa, bem como de Dona Isabel e de Dona Maria Elisabeth
de Orleans e Bragança, acompanhadas de seus respectivos maridos, o Conde Alexander
de Stolberg-Stolberg e Pablo Trindade, propriedade dos Condes de Nicolay, o
Castelo de Lude, em Sarthe.
Já o outro casamento, ocorreu na Basílica de
Saint-Maximin-la-Sainte-Baume, na França e uniu o Príncipe Felix de Luxemburgo
e Claire Margareta Lademacher no dia 21 de setembro. O Príncipe Felix Leopoldo
Maria Guilherme nasceu em 3 de junho de 1984, Príncipe de Luxemburgo, Nassau e
Parma, é filho do Grão-Duque Henri e da Grã-Duquesa Maria Teresa de Luxemburgo.
Seu pai, portanto, é primo irmão da Princesa Dona Christine de Orleans e
Bragança. O Príncipe é formado em bioética e frequentou cursos oferecidos por
empresas privadas, adquirindo experiência profissional. Desenvolveu, a partir
da vivência organizacional, um importante trabalho de marketing e relações
públicas numa empresa suíça especializada em eventos de cunho cultural e
esportivo.
Recem casados: os Príncipes Felix e a Princesa Claire do Luxemburgo
Claire Margareta Lademacher nasceu 21 de
março de 1985, em Filderstadt, na Alemanha, sendo filha de Hartmut e Gabriele
Lademacher. Seu pai é um empreendedor milionário, fundador da LHS
Telecomunicações, possuindo castelos na Croácia e Saint-Tropez, na França.
Formada em Comunicação Internacional, Claire trabalhou em importantes empresas
do ramo, porem, decidiu estudar bioética, onde se pós graduou. Ainda em Roma,
onde concluía sua tese, conheceu o Príncipe Felix.
A celebração contou com a presença de membros
de Famílias Reais e Nobres da Europa, incluindo-se os Príncipes de Ligne.
O Príncipe Michel, a Princesa Dona Eleonora, a Princesa Alix e o Príncipe Henri
Claire recebeu o título de Princesa de Luxemburgo,
Nassau e Parma, com o tratamento de Alteza Real.
Antes de chegar ao
Rio Grande do Sul para extensa agenda, Dom Bertrand passa em Santa Catarina
para o IV Encontro Monárquico Sul Brasileiro, em Florianópolis, conforme
programa abaixo:
IV Encontro Monárquico Sul Brasileiro
Florianópolis – 5 e 6 de outubro de 2013
5 DE OUTUBRO (SÁBADO)
9h30 — Recepção aos participantes no salão de
eventos do Instituto Histórico e Geográfico
de Santa Catarina (Avenida Hercílio Luz, 523 – Centro)
10h00 — Sessão de
Abertura
10h20 — Marechal de Campo Barão do Batovi: herói
sacrificado - Dr. Henrique d’Eça Neves
11h10 — Intervalo – coffee-break
11h20 — Punição
ao cidadão e liberdade ao ladrão — a verdadeira face do
novo código penal – Prof. Dr. Gilberto Callado de Oliveira
12h15 — Almoço
15h00 — Polícia
Militar: do Império à República – Coronel PMSC Marlon Jorge Teza
16h00 — Constituição
de 1824. Alvorada do pensamento liberal na América e construção de um
verdadeiro Estado Constitucional - Prof. Dr. Laércio Lopes de Araújo
17h00 — Intervalo – coffee-break
17h30 — Barão de
Gravataí: lealdade e generosidade em prol do Império - Acadêmico Mário
Pereira
18h30 — Palavras
finais de S.A.I.R. o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e
Bragança — Entrega de diploma aos participantes
21h30 — Jantar de
encerramento
6 DE OUTUBRO (DOMINGO)
10h00 — Missa tridentina
em ação de graças na Igreja do Divino Espírito Santo (Praça Getúlio Vargas -
Florianópolis), com a participação do grupo vocal Cantus Firmus.
Para participar do
evento é necessário fazer a inscrição. O contato com o Círculo Monárquico Nossa
Senhora do Desterro, pode ser através dos telefones (48) 3229-9009 e fax (48)
3229-9288, pelo e-mail goliveira@mp.sc.gov.br ou pelo
endereço Rodovia Haroldo Soares Glavan, 1950, casa 12, Cacupé, Florianópolis,
Santa Catarina.
Manifestantes violam a bandeira do Brasil com símbolos da Anarquia.
Quais são os objetivos destes grupos?
Foto: UOL
Enganado. Esse é o sentimento do cidadão que
saiu de sua residência para protestar por melhores condições e pela dignidade nacional.
Seduzidos por movimentos ligados a partidos
políticos e até mesmo ao governo federal, a população ingênua serviu de “massa
de manobra” para os espertos socialistas que voltaram a agir. Quem pensava que
os ideais comunistas já haviam desaparecido no Brasil com a ascensão do PT à
burguesia, viu que ele estão muito vivos e conseguem iludir milhares de
pessoas.
Era de se desconfiar de protestos iniciados
somente em capitais governadas por outros partidos que não o PT. O grupo mais atuante, o Movimento Passe Livre
– MPL, de São Paulo, dito inicialmente sem liderança, apartidário e livre de
ideologias, já em junho apresentava a famosa Mayara Vivian, estudante e
garçonete – símbolo perfeito da desigualdade social, como cabeça do grupo. A
jovem, que concedeu inúmeras entrevistas, rejeitava ser chamada de líder, mas
ditava suas leis, afirmando que eram “anticapitalistas e contra qualquer tipo
de opressão”. No auge dos protestos, o
Senador Eduardo Suplicy e outros membros do PT eram vistos com os líderes do
MPL.
No Rio de Janeiro e em Porto Alegre não foi
diferente. Nesta última capital, grupos ligados a partidos políticos como PSOL
e PSTU invadiram e sitiaram até mesmo a Câmara Municipal, mantendo lá uma
espécie de QG do movimento.
A agenda das reivindicações comunistas só poderia
incluir demandas alopradas, tal qual a tarifa zero: como se um veículo de
transporte coletivo fosse capaz de rodar sem combustível, sem o trabalho
remunerado de Motoristas e Cobradores e sem a manutenção necessária, ou como se
o governo pudesse subsidiar o tráfego de milhares de pessoas sem refletir diretamente
em impostos cobrados dos cidadãos de bem. Outra característica marcante destes
movimentos comunistas/socialistas é a baderna, o vandalismo, o quebra-quebra. Quando
não conseguem atingir o seu intento apenas com gritos, acabam por depredar,
anarquizar e aterrorizar, disso entende muito bem a presidente Dilma, conhecida
guerrilheira.
Em Porto Alegre, os jovens baderneiros, em
sua maioria de classe média alta, estudantes da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, iam para os protestos utilizando seus carros. Ora, vão de carro reclamar
do preço da passagem do ônibus?
É no mínimo irracional esta prática. Reclamar
da falta de ônibus e queimar os poucos que estão disponíveis. Censurar os gastos
públicos e vandalizar o patrimônio nas ruas. Criticar a corrupção e se aliar
aos ilegais.
Infelizmente os que simpatizam com este
movimento e com este tipo de protesto, estão alimentando a Besta.
Aproveitando-se do claro e amplo descontentamento popular, esses jovens
vermelhos conseguiram arregimentar uma população incauta e insatisfeita, que
serviu para engrossar suas fileiras. Essa mesma população pode ver que hoje,
nada de efetivo foi feito. A saúde, a educação, a segurança e a corrupção estão
nos mesmos níveis de antes. O que mudou?
E não para por aí. No último dia 7, feriado
nacional da Independência do Brasil, novamente setores ligados a esquerda e a
partidos políticos, como o PT, saíram as ruas para vandalizar. CUT, MST e
outros movimentos tentaram transformar a data tão importante, no dia D do
ideário comunista. Em São Paulo, jovens subiram em monumentos para hastear a
bandeira de Cuba, enquanto, na frente, seus companheiros queimavam a bandeira
do Brasil.
Bandeira de Cuba é levantada enquanto a bandeira barsileira é queimada.
Fotos: Blog do Aluízio Amorim
Em Porto Alegre, militantes comunistas ultrajam o Pavilhão Nacional com a colocção dos símbolos do comunismo - foice e martelo
Foto: Blog do Aluízio Amorim
Os manifestantes liagados ao PT defendem o programa da
Dilma de
importação de médicos cubanos e destacam a bandeira
da Ilha comunista
em faixa que é carregada pelas ruas.
Foto: Blog do Aluízio Amorim
Os que consideram um exagero o último
comunicado do Chefe da Casa Imperial do Brasil, falando sobre sua crescente
preocupação com a atual situação do país, estão alienados por estes sedutores.
Como dizem os manifestantes: não são apenas
20 centavos. Na verdade, é o retorno de uma ideologia torpe e assassina.
É hora sim de um protesto verdadeiro, que
nasça das ruas, que favoreça única e exclusivamente os brasileiros. Sem vícios,
sem enganação, sem ilusão. Os brasileiros necessitam muito mais do que 20
centavos. Necessitam da restauração de sua dignidade, da afirmação da sua
Soberania e de exemplos na vida pública.
Como seria bom viver nos tempos do Império,
onde o governante servia ao povo e não se servia dele!
13/09/2013 - 19h10min
Por Agência de Notícias do Paraná
A Polícia Civil do Paraná completa no próximo
dia 28 de setembro 160 anos e recebeu homenagem do Poder Legislativo, em sessão
solene realizada no final da tarde desta sexta-feira (13). A sessão solene
aconteceu no Plenário da Assembleia Legislativa, conforme proposição do
deputado Ney Leprevost. O secretário estadual da Segurança Pública, Cid
Vasques, e o delegado chefe da Polícia Civil, Riad Braga Farhat, participaram
da solenidade. Sessenta policiais, que ocuparam diferentes cargos na
instituição, receberam menções honrosas da Casa.
“A Polícia Civil merece o reconhecimento da
sociedade. A maioria absoluta dos policiais é correta. E hoje fazemos esta
solenidade pelo seu aniversário de fundação, prestando homenagem aos valorosos
policiais que servem à população”, disse Leprevost. “É uma forma deste Poder,
de forma republicana, e de respeito às instituições, fazer as devidas honras à
Polícia Civil”, afirmou ele.
O secretário estadual da Segurança Pública,
Cid Vasques, disse que a polícia vive um período de mudanças pontuais para
aperfeiçoar os seus quadros e melhorar sua estrutura, para melhor e mais eficiente
combate à criminalidade.
“É uma satisfação participar desta
solenidade. A Polícia Civil passa por um momento de transição, ajudando o
governo e as demais forças de segurança na manutenção da tranquilidade da
população. A homenagem da Assembleia é justa, porque é aqui que o povo do
Paraná também representado e esta instituição merece este reconhecimento”,
afirmou o secretário.
O superintendente da Delegacia de Campo
Largo, Marcos Antônio Gogola, morto recentemente em serviço, também foi
lembrado, assim como a de outros policiais que perderam a vida no exercício da
função. “São 160 anos de história, de luta e de serviços ao povo paranaense.
Tenho o maior orgulho em fazer parte da Polícia Civil”, afirmou o delegado
chefe da PC, Riad Braga Farhat. “E ainda a homenagem aos policiais que perderam
a vida combatendo a criminalidade. A polícia atua 365 dias ao ano, de forma
incansável, para prestar bons e relevantes serviços aos cidadãos”, disse
Farhat.
ACADEMIA DE LETRAS - Na sessão solene houve a
instalação, simbólica, da Academia de Letras da Polícia Civil. Única no País, a
Academia de Letras da Polícia Civil tem atualmente 27 membros. “Eles escreverem
não só sobre temas ligados ao serviço policial, mas também literatura de uma
maneira geral”, explicou o presidente da Academia, delegado Rogério Antonio
Lopes, que também é titular da Divisão de Polícia do Interior (DPI). Lopes é autor
de dois livros. Um sobre a teoria e prática da Polícia Judiciária e outro diz
respeito à gestão no setor público.
A ideia de criação é do escrivão aposentado
José Mínero Bittencourt, membro da União da Polícia Civil e presidente de honra
da Academia. “Nossos objetivos são difundir corretamente a língua portuguesa e
promover intercâmbios com outras instituições como a nossa”, explicou.
O príncipe Dom Bertrand de Orleans de
Bragança, herdeiro de Dom Pedro II, responsável pela criação da Polícia civil
no Brasil, participou da sessão solene. Ele também faz parte da Academia da
Polícia Civil do Paraná.
“Meus antepassados criaram a Polícia Civil. E
ela mudou muito desde então, juntamente com a sociedade. Mas certamente não
mudou suas tradições e seus princípios”, afirmou.
Fotos: ALEP
Fonte: Jornal O Globo - 13 de setembro de 2013.
Relíquias da Família Imperial estavam no
subterrâneo do terreno, numa antiga área de descarte.
Agradecimentos a Willian Xavier de Carvalho
pela informação.
Os Brasões da Família Imperial do Brasil e da Família dos Baronetes Spearman
No dia 25 de julho de 2013, o jornal britânico The Times anunciou o noivado da Princesa Dona Amélia de Orleans e Bragança, 5ª na linha de sucessão ao Trono do Brasil, com Alexander James Spearman, da Casa dos Baronetes Spearman, conforme nota abaixo:
“James SPEARMAN & Amelia A. DE ORLEANS E BRAGANCA
The engagement is announced between James, son of Mr
and Mrs Lochie Spearman of Perthshire, Scotland and Amélia, daughter of Their
Royal Highnesses Prince Antonio de Orléans e Bragança and Princess Christine de
Ligne of Rio de Janeiro, Brazil.
Published in The Times on July 25, 2013”
No Brasil, a coluna
de Marcia Peltier (irmã da Princesa Dona Maritza, esposa do Príncipe Dom
Alberto) no “Jornal do Commercio”, do Rio de Janeiro, de 26 de agosto passado, também
divulgou uma nota sobre o noivado:
“Um por ano
A família imperial brasileira, que festejou no início
do mês, o casamento de dom João Philippe de Orleans e Bragança e Yasmine
Paranaguá, já tem outra união para comemorar em 2014. A princesa Amélia Maria –
filha de Dom Antônio e de dona Christine, princesa de Ligne – que ficou noiva,
mês passado, do escocês Alexander James Spearman, planeja suas bodas para
agosto do próximo ano no Rio. Os jovens têm, ambos, 29 anos e moram em Londres.
A tetraneta de Dom Pedro II trabalha num escritório de arquitetura e Alexander,
formado em História e Economia, em banco.
‘Sir’
Alexander é descendente dos baronetes Spearman, de
Perthshire. O título de baronete é uma distinção hereditária exclusiva da
nobreza britânica, um grau acima de cavaleiro e inferior ao título de barão”.
Para explicitar aos
leitores, o Blog Monarquia Já, depois de breves considerações acerca dos antepassados da Princesa
Dona Amélia, realizou também um estudo genealógico sobre a família do noivo:
A Princesa Dona
Amélia nasceu em Bruxelas a 15 de março de 1984, e foi batizada com o nome de
Amélia Maria de Fátima Josefa Antônia Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga, sendo a
segunda filha do Príncipe Dom Antonio (1950) e da Princesa Dona Christine de
Orleans e Bragança (1955). Dom Antonio é o sétimo filho do Príncipe Dom Pedro
Henrique (1909-1981), Chefe da Casa Imperial do Brasil de 1922 a 1981, e da
Princesa Dona Maria (1914-2011), nascida Princesa da Baviera. De tal forma,
Dona Amélia é bisneta do Príncipe Dom Luiz (1878-1920), o Príncipe Perfeito,
trineta da Princesa Dona Isabel (1846-1921), a Redentora, tetraneta do
Imperador Dom Pedro II (1825-1891), o Magnânimo, e pentaneta do Imperador Dom
Pedro I (1798-1834), fundador do Império do Brasil e Rei de Portugal. É
sobrinha do atual Chefe da Casa Imperial do Brasil, S.A.I.R., o Príncipe Dom
Luiz (1938), e do Príncipe Imperial, S.A.I.R., o Príncipe Dom Bertrand (1941),
que sendo solteiros e sem descendentes, deixam a Dom Antonio, pai de Dona
Amélia, a responsabilidade de ocupar a Chefia da Casa Imperial no futuro. A
Família Imperial do Brasil descende das mais antigas Casas Reais europeias e
Dona Amélia é, portanto, descendente, em linha direta, dos Grandes Reis e
Construtores da Europa, tais como Carlos Magno (742 d.C.-814 d.C.), Hugo Capeto
(940 d.C.- 996 d.C.), Fernando I de Leão e Castela (1016-1065), Guilherme I da
Inglaterra (1028-1087) e Dom Afonso Henriques (1109-1185).
Primas: A Princesa Dona Amélia de Orleans e Bragança
e a Princesa Alix de Ligne, em 2012
Foto: Divulgação
Por sua mãe, a
Princesa Dona Christine, Dona Amélia descende também das mais antigas e ilustres
Casas Reais e Principescas europeias. A Princesa Dona Christine é filha de Antione
(1925-2005), 13º Príncipe Titular de Ligne, de Épinoy, de Amblise, e da
Princesa Alix (1929), nascida Princesa de Luxemburgo, Nassau e Parma, irmã do
Grão-Duque Jean de Luxemburgo (1921) e tia do atual Soberano luxemburguês, o
Grão-Duque Henri (1955). Os Príncipes de Ligne, da Bélgica, se destacaram como
diplomatas, articuladores políticos e como importantes figuras da sociedade, recebendo
a distinção do Sacro Império Romano Germânico, ainda no século XVI. O tio de
Dona Amélia, o Príncipe Michel, é o atual Chefe da Casa Principesca de Ligne,
sendo o 14º Príncipe titular do nome, Príncipe de Épinoy, de Amblise e Grande
de Espanha, casado com a Princesa brasileira Dona Eleonora de Orleans e
Bragança (tia de Dona Amélia, irmã de seu pai, Dom Antonio).
A união de seus pais,
que são primos (compartilhando o Rei Dom João VI como antepassado) fez com que
Dona Amélia reforçasse seus laços de parentescos com todas as Famílias Reais da
Europa. Dona Amélia tem três irmãos, Dom Pedro Luiz (1983-2009) - falecido no
trágico acidente do voo 447 da Air France, que ligava o Rio de Janeiro a Paris,
em 2009, o Príncipe Dom Rafael (1986) - que atualmente é a esperança da restauração
da Monarquia no Brasil, e a Princesa Dona Maria Gabriela (1989).
Dona Amélia iniciou
seus estudos nos Colégios São José e Ipiranga, em Petrópolis, onde passou sua
infância. Fala além do português, francês, inglês e espanhol e como hobby, toca
piano. Formou-se em Arquitetura, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio
de Janeiro e mora na Europa – onde tem se aperfeiçoado e adquirido experiência
em sua área de formação, fixando residência primeiramente em Madri e,
atualmente, em Londres, aonde trabalha no conceituado escritório de Arquitetura
e Design de Interiores Camu & Morrison.
O noivo, Alexander
James Spearman, nasceu em 27 de março de 1984, é filho de Lochain Alexander e
de Pilin Spearman. Pelo pai descende de importantes Famílias, e por sua mãe,
descende dos Garrigues, que também se destacaram na cena política, social e
cultural da Europa. James, como é chamado pelos amigos e familiares, estudou no
renomado Eton College (1997-2002), onde também estudaram os Príncipes Willian e
Harry, e na Universidade de Edimburgo (2003-2007), onde se graduou em Línguas Europeias
Modernas. Viveu certo tempo em Madri. Fala, além do inglês, francês e espanhol.
Atualmente reside em Londres e trabalha na Stanhope Capital Investimentos. Ele tem dois irmãos: Jack e A dau.
Alexander James Spearman |
A criação do título
de Baronete à Família Spearman, de Hanwell, no Condado de Middlesex, data de 28
de abril de 1840, em favor de Sir Alexander Young Spearman, nascido em 1793, em
Pentridge, Dorset, na Inglaterra, filho do Major Alexander Young Spearman
(1762-1808) e de Agnes Morton. Casou-se com Jane Campbell (m.1877), filha de Duncan
Campbell. Sir Alexander foi Secretario Assistente do Tesouro, Controlador Geral
e Secretario do Comissariado da Redução da Dívida Nacional. Em 1840, pelos
relevantes serviços realizados em favor da pátria, foi agraciado com título de
Baronete. Em 1869, passou a ser membro do Mui Honorável Conselho Privado de Sua Majestade a Rainha Victoria. Sir Alexander e Lady Jane tiveram
seis filhos: Jane Alexandrina (m.1987), Augusta Herries (m.1907), Alexander
Young (1832-1865), Edmund Robert (1832-1865 (casado com Lady Mary Louisa
FitzMaurice (1837-1917), filha de Thomas John Hamilton FitzMaurice (1803-1877),
5º Conde de Orkney)), Horace Ralph (1840-1908) e Rudolph Herries (1845-1900). O
noivo de Dona Amélia descende de Alexander Young, nascido em 1832, casado em
1855, com Mary Anne Bertha Bailey (m.1860), filha e Sir Joseph Bailey
(1783-1858), primeiro Baronete do nome, e de Mary Anne Hopper (m.1874). Deste
matrimonio nasceu Sir Joseph Layton Elmes Spearman (1857-1922), segundo
Baronete do nome, de quem descende o atual titular. Em 1860, Mary Anne Bertha
Bailey faleceu e Alexander Young se casou, em segundas núpcias (1861), com Louisa
Anne Caroline Amelia Mainwaring (1842-1933), filha de Edward Pellew Mainwaring
(m.1858) e Caroline Story. Do segundo casamento, teve dois filhos: o Comandante
Alexander Young Crawshay Spearman e Charles Edward Spearman (1863-1945). Detendo-se
na ascendência de James, o Comandante Alexander, nasceu em 20 de março e 1862,
foi Comandante a Serviço da Marinha Real Britânica, sendo destacado com
Comandante do Batalhão de Collingwood, lutando também na Primeira Guerra
Mundial. Em 26 de maio de 1892, casou-se com Jese Aubrey Coker (1863-1933),
filha do Reverendo Cadwallader Coker (1824-1894) e Emily Harriet Gould
(1822-1894), com teve dois filhos, Marjorie Aubrey (1893-1951) e Alexander
Cadwallader Mainwaring (1901-1982). O Comandante faleceu em 1915, em combate,
durante a Batalha dos Dardanelos, na Turquia. Seu segundo filho, Alexander
Cadwallader Mainwaring, nascido em 2 de março de 1901, recebeu o título de Sir,
depois de ser educado nos famosos Colégios de Oxford, Repton e Hertforf. Foi
Membro do Parlamento e recebeu o título de Cavalheiro Real. Casou-se em 11 de
agosto de 1928, com Diana Violet Edith Constance Doyle (m.1991), filha de Sir
Arthur Havelock James Doyle, com quem teve quatro filhos: Lochain Alexander
(1952 (futuro sogro da Princesa Dona Amélia)), John Dominic (1954), Zara Ann
Louise (1956), Andrew Mark (1960) e James (1964). Lochain, nascido a 09 de
abril de 1952, foi educado no Abbey Miltom, casou-se em 25 de março de 1977,
com Pilin de Garrigues, com quem tem três filhos, entre eles James, noivo da
Princesa Dona Amélia. A família vive em Perthshire, na Escócia.
O atual Chefe da
Família, primo de James, e 5º Baronete Spearman, é Sir Alexander Young Richard
Mainwaring Spearman, nascido em 03 de fevereiro de 1969, casado com Lady
Theresa, nascida Jean Sutcliffe, com quem tem um filho: o herdeiro Alexander
Axel Spearman, nascido em 1999. O 5º Baronete vive na África do Sul.
Pelo pai, Alexander
James descende diretamente dos Condes e Duques de Fife. Sua tetravó, Louisa
Anne Caroline Mainwaring (1842-1933) é tetraneta de Willian Duff (1696–1763),
primeiro Conde de Fife. A Família Duff foi agraciada, pelos relevantes serviços
prestados à nação, com o título de Conde de Fife (em analogia a localidade na
Escócia), porem em 1900, a Rainha Vitória do Reino Unido da Grã-Bretanha, em
nova carta patente, atribuiu à família, o Ducado do mesmo nome no Pariato do
Reino Unido. Em 1889, a Princesa Luisa de Gales (1867-1931), primogênita da
Rainha Alexandra e do Rei Eduardo VII do Reino Unido, casou-se com Alexander
Duff (1849-1912), Conde e 1º Duque de Fife. Deste casamento descende o atual
Duque de Fife, também chamado Alexander (neto materno da Princesa Luisa de
Gales). Os Duques de Fife também utilizam os títulos de Conde de Macduff, Conde
de Southesk, Barão Balinhard e Lorde Carnegie de Kinnaird.
Sir Francis Baring, seu irmão John e Charles Wall, por Sir Thomas Lawrence
Imagem: Reprodução
Ainda por parte da
família de seu pai, o noivo de Dona Amélia descende de Sir Francis Baring,
famoso banqueiro e investidor inglês. A família Baring, natural de Bremem, na
Alemanha, tem como patriarca Johann Baring (1697-1748), pai de Francis e John
Baring, irmãos que imigraram para Londres, onde fundaram uma companhia
comercial, que deu origem a um dos maiores conglomerados da Europa. Francis
Baring (1740-1810) foi membro do Parlamento por Grampound, Wycombe e Calne e
Assessor para Assuntos Comerciais do Governo do Primeiro Ministro William
Petty-FitzMaurice (1737-1805), segundo Conde de Shelburne, durante o Reinado do
Rei George III do Reino Unido, período em que teve grande influência política e
social. Em 1767, Francis Baring se casou com Harriet Herring (1750-1804), filha
de Willian Herring, prima do prestigiado Arcebispo de Catembury, Thomas Herring
(1693-1757). Francis e Harriet tiveram dez filhos, dentre os quais se destacam
membros da aristocracia, da nobreza e da realeza britânica. Em 1793 recebeu o
título de Baronete. Sir Francis Baring era o pai de Alexander Baring
(1774-1848), primeiro Barão Ashburton e de Sir Thomas Baring (1772-1848),
segundo Baronete Baring, que era pai de Francis Thornhill Baring (1796-1866),
primeiro Barão de Northbrook. Sir Francis Baring também era o pai de Henry
Baring (1776-1848) e o avô de Edward Baring (1828-1897), primeiro Barão Revelstoke
de Membland, e Evelyn Baring (1841-1917), primeiro Conde de Cromer. Edward
Baring (1828-1897) era pai de Margaret Baring (1868-1906) casada com Charles
Robert Spencer (1857-1922), 6º Conde Spencer, bisavôs da Princesa Diana de Gales
(1961-1997) e tataravó do Príncipe Willian (1982), Duque de Cambridge e futuro
Rei do Reino Unido da Grã-Bretanha. Outros descendentes de Sir Francis Baring,
além dos Baronetes Spearman, os Barões Ashburton, Barões e Conde de Northbrook
e Condes de Cromer, foram agraciados com títulos nobiliárquicos, tais como os
Viscondes Baring e os Barões Howick de Glendale.
A Família Garrigues,
da qual James descende por sua mãe, é um antigo clã da Europa. O sobrenome tem
sua origem na região de Les Garrigues, no centro-sul da França. O primeiro
registro feito neste sobrenome apareceu no século XII, com Jean Garrigues. Da
França, muitos membros da família imigraram para Alemanha, Espanha e Estados
Unidos. Neste último país, estabeleceu-se o famoso Matthieu Garrigues
(1679-1726), que, perseguido na França, depois da revogação do Édito de Nantes,
pelo Rei Luiz XIV, encontrou asilo nos EUA, deixando numerosa descendência nas
Américas. Os antepassados maternos de James se estabeleceram na Espanha, onde foram
elevados a nobreza na pessoa de Don Antonio Garrigues Díaz-Cañabate (1904 -
2004), tio-avô de James, renomado advogado e habilidoso diplomata que foi
agraciado com título de Marquês de Garrigues.
A Família Garrigues
goza de muito prestígio na Espanha. Durante todo o século XX, os irmãos
Garrigues, como eram conhecidos o avô e os tios avôs de James, foram símbolos
de sucesso financeiro, político e social. Seu avô, Don Mariano Garrigues
Diaz-Cañabate (1902-1994) foi um conceituado arquiteto, responsável pela construção
e reconstrução de importantes prédios na Cidade Universitária de Madri
(Faculdades de Medicina, de Farmácia, de Veterinária e o Hospital
Anglo-Americano). Projetou a Casa da Suécia, dirigiu a Embaixada dos Estados
Unidos, foi arquiteto do Banco Exterior da Espanha e realizou notáveis
promoções de conjuntos urbanos em algumas regiões do país. Era casado com Dona
Catalina Carnicer Guerra (m.1987). São tias de James, irmãs de sua mãe,
portanto: Dona Belén, casada com Don Gonzalo de Armas y Serra, 5º Marquês de la
Granja de San Saturnino, e de Dona Catalina, casada com o político inglês
William Armand Thomas Tristan Garel-Jones, Barão Garel-Jones (par vitalício -
1997), membro do Partido Conservador, deputado de 1979 a 1997 e Ministro para a
Europa (1990-1993).
Don Mariano Garrigues Diaz-Cañabate |
Don Joaquin Garrigues
Díaz-Cañabate (1899-1983), tio-avô de James, era um prestigiado jurista,
conhecido como pai do Direito Comercial espanhol, por vezes mencionado como
fundador da moderna Escola espanhola de Direito Comercial. Foi catedrático da Faculdade
de Direito da Universidade Complutense de Madri, ganhou o Prêmio Mundial do
Ensino de Direito em 1975 e foi autor de várias obras conceituadas, como um
“Tratado de Direito Mercantil” em 3 volumes. Foi Grão-Cruz da Ordem de Carlos
III, que lhe foi imposta pessoalmente pelo Rei Don Juan Carlos I, sendo também
patrono da Fundação dos Amigos do Museu do Prado.
Também eram tios-avôs
de James Spearman, Don José Luis Garrigues Díaz-Cañatabe, próspero empresário e
homem de negócios (falecido em 2008 com 96 anos) e Don Emilio Garriges
Diaz-Cañatabe (1911-2006), diplomata e escritor, Embaixador na Guatemala, junto
a UNESCO, na Turquia e na Alemanha, autor de várias obras, entre as quais “Un
desliz diplomático”, “Los tiempos en lucha”, “The oneness of the Americas” e “Segundo
viaje a Turquía”. Emilio era casado com Paz Flórez, mencionada no famoso jornal
espanhol “El País” como uma das mulheres mais fascinantes de sua geração, de
beleza cinematográfica, de grande sensibilidade e finura (falecida em 2005),
sendo pais de Javier Garrigues (1949), Embaixador da Espanha na Suécia.
O 1º Marquês de
Garrigues, Don Antonio Garrigues Díaz-Cañabate (1904-2004), tio-avô de James,
foi Diretor Geral de Registros e do Notariado do Ministério da Justiça, foi
Embaixador da Espanha nos EUA e junto à Santa Sé, mantendo ótimas relações com
a família Kennedy e com a Cúria Romana e o Papa. Em 1975 foi nomeado Ministro
da Justiça no primeiro ministério do governo do Rei Juan Carlos I. Era membro
da Real Academia de Ciências Morais e Politicas e foi presidente da Citroën
Hispania S.A., Eurofinsa e da Sociedade Espanhola de Radiodifusão, foi também o
fundador, juntamente com seu irmão – Dom Joaquim, do escritório de advocacia
Garrigues, um dos maiores do mundo em atuação e presença internacional,
contando com sedes de trabalho e profissionais em mais de 15 países, incluindo-se
o Brasil. De marcante fé católica, Don Antonio participou da criação da revista
Cruz e Raya e dedicou sua juventude à
Igreja. Casou-se com Helen Anne Walker (m.1944), americana, filha do antigo
engenheiro chefe da ITT em Madri, com quem teve nove filhos, sendo os mais
conhecidos Joaquin e Antonio.
Joaquim Garrigues
Walker (1933-1980), primo-irmão da mãe de James, foi advogado, empresário e
político. Deputado em 1977 (reeleito em 1979), Ministro das Obras Públicas e
Urbanismo (1977-1979), e Ministro adjunto no Governo de Adolfo Suárez. Como empresário foi presidente da Liga
Financeira, uma empresa dedicada à construção de autopistas. Casou com uma
filha de José Maria de Areilza y Martinez de Rodes, 3º Conde de Rodes, Marquês
de Santa Rosa del Rio, Conde consorte de Motrico (1909-1998), importante
político e um dos artífices da transição espanhola, membro da Falange e líder
monárquico, foi Embaixador na Argentina, Estados Unidos e França. Foi
secretário do Conselho Privado do Conde de Barcelona, Ministro do Exterior no
primeiro governo da monarquia (1975-1976), fundador do Partido Popular,
integrado depois na UCD. Membro da Real Academia de Ciências Morais e Políticas
e da Real Academia Espanhola da Língua. É seu filho Don Joaquin Garrigues
Areilza, 2º e atual Marquês de Garrigues.
Antonio Garrigues Walker (1934), outro primo-irmão da mãe de James, é
financista, advogado e politico que criou em 1982, o Partido Democrata Liberal,
do qual foi presidente. Foi professor da Universidade de Navarra e é um dos
responsáveis pela direção do famoso Escritório da Família, fundado pelo pai e
pelo tio em 1941, que conta hoje com cerca de 2.000 profissionais em várias
partes do mundo.
O enlace entre a Princesa Dona Amélia e Alexander James tomou as páginas
das publicações monarquistas e especializadas em Famílias Imperiais e Reais e
na Nobreza, na Europa. O famoso site Noblesse
et Royautés, da Bélgica, alcançou mais de 70 comentários na notícia
publicada em 27 de julho. Em quase todos os comentários, são notadas muitas
dúvidas com relação ao futuro matrimônio. Uma das constatações dos leitores é o
fato de que “embora o noivo possua ascendência aristocrática e até mesmo nobre,
pertencendo a uma família de Baronetes, nem seus pais, nem ele, possuem título”,
afirma um dos comentários em francês. A Casa Imperial do Brasil já se deparou
com situações similares durante a segunda metade do século XX, com os
casamentos dos filhos do Príncipe Dom Pedro Henrique. Naquela época o Príncipe,
na qualidade de Chefe da Casa Imperial, institui que seus filhos, nas mesmas
condições, deveriam renunciar a seus eventuais direitos ao Trono
Imperial, permanecendo com o título de Príncipe de Orleans e Bragança, sendo
suas esposas também tituladas, o que era extensivo à descendência legítima daqueles
Príncipes. Naturalmente, o Chefe da Casa Imperial, Imperador de jure, de acordo com o direito atribuído
a ele pela herança, apesar de se orientar pela constituição de 1824, dispõe também
de regimento interno e tem os poderes necessários para anuir ou não as decisões
dos Príncipes de sua Casa, sobretudo os Dinastas, cabendo a ele, portanto, a
importante decisão de retificar ou ratificar os regimentos.
A Casa Imperial do Brasil, através de seu site oficial (www.monarquia.org.br), noticiou, em nome de SS.AA.RR., o Príncipe
Dom Antonio e a Princesa Dona Christine, o noivado. A nota revela que o
casamento deve ocorrer em agosto de 2014, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo
da Antiga Sé Catedral, no Rio de Janeiro, tradicional templo que já serviu como
Capela Real e, depois, Imperial, onde foram Coroados o Rei Dom João VI de
Portugal e os Imperadores do Brasil e onde foram batizados e casados a maior parte
dos membros da Família Imperial durante o período monárquico no Brasil.
Referências bibliográficas:
Clarke, John (1993) [1975]. Fraser, Antonia, ed. A
VIDA DOS REIS E RAINHAS DA INGLATERRA. London: Weidenfeld and Nicolson.
Charles Mosley, editor, BURKE'S PEERAGE, BARONETAGE
& KNIGHTAGE, 107th edition, 3 volumes.
S.A.I.R., o Príncipe Dom Luiz Frederico Mielenhausen/Divulgação |
"FOI UMA
EMANCIPAÇÃO
DENTRO DA MESMA FAMÍLIA"
Publicado em 07/09/2013 | YURI AL'HANATI
Jornal Gazeta do Povo
A independência do Brasil, em sete de setembro de 1822, foi
o desfecho lógico de uma extensa negociação de origens econômicas. O grito do
Ipiranga, cena emblemática e simbólica da história brasileira, foi a
alternativa encontrada por Dom Pedro I para permanecer no poder ante o
movimento insurgente por parte dos comerciantes brasileiros que, subitamente,
se viram na iminência de terem os portos fechados para negociações exclusivas
com a metrópole. “Não foi uma ruptura sangrenta, mas uma emancipação dentro da
mesma família, com todos os bons efeitos que isso pode trazer para uma nova
nação”, acredita o chefe da Casa Imperial, Dom Luís Gastão Maria José Pio
Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach.
Ele é trineto de Dom Pedro II e atual herdeiro do trono
brasileiro, caso a monarquia fosse instaurada hoje no Brasil.
Nesta entrevista concedida por e-mail com exclusividade à
Gazeta do Povo, D. Luís fala sobre suas visões sobre a independência do Brasil,
a monarquia e o papel de seus herdeiros em uma República democrática. Para Luís
de Orléans e Bragança, monarquia é o regime que melhor garante as três
condições básicas para a existência e desenvolvimento de uma Nação: unidade,
estabilidade e continuidade. “Meu papel — como o de todo Chefe de Casa não
reinante — é o de preservar o rico legado de nosso passado imperial, fazendo-o
transitar de geração em geração para que se mantenha vivo e conhecido entre os
brasileiros.”
O Brasil foi o
único país das Américas que, quando se tornou independente, não se tornou uma
república. Por que isso aconteceu e por que isso foi importante para o país na
época?
Essa diversidade de rumos esteve em boa medida determinada pelo
anterior curso dos domínios português e espanhol na América. A atitude pífia do
[espanhol] Rei Fernando VII face a Napoleão insuflou os ambiciosos, conduzindo
à ruptura com a Espanha e à adoção da forma republicana de governo.
Diferentemente de seu cunhado espanhol, o Príncipe Regente de Portugal, futuro
D. João VI, não se submeteu ao ditador, transferindo a Corte e o governo real
para o Brasil e impulsionando aqui uma vigorosa transformação das instituições
públicas. D. João VI gostava muito de nossa terra, se tornara benquisto e aqui
queria ficar, mas as cortes portuguesas impuseram seu regresso a Portugal.
Aconselhou ele então ao filho primogênito D. Pedro, que aqui deixava como
eegente, a tomar a Coroa. A independência brasileira foi assim: não uma ruptura
sangrenta, mas uma emancipação dentro da mesma família, com todos os bons
efeitos que isso pode trazer para uma nova Nação.
Por que a
monarquia seria o melhor regime para o Brasil?
A monarquia é o regime que melhor corresponde à boa ordem
colocada por Deus na Criação, garantindo as três condições básicas para a
existência e desenvolvimento de uma Nação: unidade, estabilidade e
continuidade. Prevaleceu largamente ao longo da história dos povos civilizados.
Ano após ano os primeiros lugares nos índices de renda per capita e do IDH são
ocupados por monarquias. Durante o 2º Reinado, o Brasil foi um dos países mais
respeitados do mundo, com instituições sólidas, moeda estável, crescimento
acelerado e grande prestígio do Imperador D. Pedro II, que chegou a ser árbitro
de litígios entre potências europeias.
Qual o papel do
senhor hoje enquanto chefe da Casa Imperial e herdeiro do trono?
Meu papel — como o de todo Chefe de Casa não reinante — é o
de preservar o rico legado de nosso passado imperial, fazendo-o transitar de
geração em geração para que se mantenha vivo e conhecido entre os brasileiros,
alimentado, ademais, a apetência para o retorno da monarquia entre nós. A
formação da nova geração de príncipes brasileiros, meus sobrinos, é assim um
cuidado constante.
Quem são os
monarquistas brasileiros hoje?
No plebiscito de 1993, sobre regime e forma de governo,
apesar de termos contra a máquina de propaganda do Governo, 13% dos votos
válidos foram pela monarquia. Hoje não se encontra um brasileiro que em sã
consciência diga que a república deu certo. E há um número crescente de
brasileiros que veem a restauração do regime monárquico, que deu tão certo no
passado, como sendo uma grande alternativa para a crise moral que assola o
país.
Quais são as
características de um bom soberano?
A principal característica de um bom soberano é saber
encarnar as virtudes de seu povo, sendo delas espelho e ao mesmo tempo favorecedor.
Como um bom pai, o soberano deve incentivar as qualidades de seus filhos,
ampara-los em suas debilidades e coibir os seus erros. Deve ser muito
respeitoso das autonomias dos indivíduos e dos grupos sociais e ao mesmo tempo
um padrão inatacável de moralidade.
Por quais meios
a monarquia poderia ser implantada no Brasil? O senhor acha que este processo
pode acontecer em breve?
Uma verdadeira monarquia não pode ser implantada pelo golpe
de força de um grupo, mas deve vir organicamente da aspiração de conjunto da
Nação. Aspirações dessas ocorrem na vida dos povos em diferentes
circunstâncias, o mais das vezes p|ela irremediável falência de uma situação
anterior. No Brasil de hoje há um profundo descontentamento, patenteado aqui
nas recentes e surpreendentes manifestações de rua, um grande anseio por algo
diferente, algo melhor, algo que já existiu e que perdemos... Quando esse
anseio se tornar majoritário, a monarquia — acabada expressão política da
civilização cristã — poderá ser reestabelecida no Brasil de modo estável e
benfazejo. Quando isso se dará, só Deus Nosso Senhor o sabe, mas, creio, bem
antes do que poderia parecer à primeira vista.