Marquês do Paranaguá: exemplo de homem público
No mês de novembro o Congresso Nacional realizou
sessão em homenagem ao Marquês do Paranaguá, João Lustosa da Cunha Paranaguá,
confira notícia do portal do Senado Federal:
'Marquês de Paranaguá
foi um dos maiores políticos
que o Piauí
produziu', diz diplomata
Durante a sessão do Congresso Nacional de
homenagem ao Marquês de Paranaguá, o sobrinho-trineto do homenageado, diplomata
Marcos Henrique Paranaguá, falou sobre a vida e biografia do político e o
classificou como uma das maiores biografias públicas que o Piauí já produziu.
Marcos Henrique destacou três pontos da vida
de João Lustosa da Cunha Paranaguá, o Marquês de Paranaguá, a seu ver
importantes de serem conhecidos pelas novas gerações. Segundo o diplomata, um
dos legados mais importantes do Marquês de Paranaguá foi o seu altíssimo
sentimento de "compostura e correção", os quais permitiram que, mesmo
tendo relação muito próxima com o imperador D. Pedro II, jamais se utilizasse
de seu prestígio para obter qualquer promoção pessoal ou benefício próprio.
- Tanto isso é verdade que, o Marquês de
Paranaguá somente recebeu o título de Visconde em 1882, já bem depois de ter
sido deputado, senador vitalício e ministro de várias pastas. Tendo, inclusive,
chefiado o Ministério da Guerra, durante o duro período da Guerra do Paraguai -
afirmou.
Marcos Henrique citou ainda como qualidades
marcantes do Marquês de Paranaguá a “sua defesa do pragmatismo político, sem
prejuízo da honra” e o seu profundo interesse
pelos problemas do Piauí.
Quanto ao compromisso com o Piauí, Marcos
Henrique lembrou que foi somente por ação do político, que patrocinou um projeto de troca de uma região
interior do Piauí com uma área litorânea do Ceará, que foi possível ao Piauí
contar com uma saída para o mar.
- Portanto, nós piauienses, que vamos
veranear em Parnaíba, devemos nos lembrar e agradecer ao Marquês de Paranaguá
por ter patrocinado essa permuta que nos deu o litoral - declarou.
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Nota do Blog Monarquia Já:

Em 1847, casou-se com Maria Amanda Pinheiro
de Vasconcelos, filha do Visconde de Monserrate, com quem teve os seguintes
filhos: Maria Amanda Lustosa Paranaguá (Baronesa de Loreto), casada com
Franklin Américo de Meneses Dória, Barão de Loreto. Faleceu em 15 de agosto de
1931 no Rio de Janeiro; José Lustosa da
Cunha Paranaguá (Conde de Paranaguá), casou-se com Matilde Simonard.
Abolicionista, foi presidente das províncias do Amazonas e Santa Catarina, faleceu
em 6 de janeiro de 1945; Joaquim
Pinheiro Paranaguá, casou-se com Isabel Whitacker de Oliveira Silva; Maria Argemira de Paranaguá casou-se com Dr.
Serafim Moniz Barreto; Maria Francisca
de Paranaguá (Marquesa de Barral-Montferrat), casou-se com Horace-Dominique
Barral, filho de Luísa Margarida Portugal de Barros, Condessa de Barral,
preceptora das Princesas Imperiais e amiga da Família Imperial do Brasil; Ricardo Lustosa da Cunha Paranaguá, médico,
nascido em 1864 e falecido em 1897, foi casado com Eulina de Abreu Vidal, nascida
em 1874 e falecida em 1962.
João Lustosa da Cunha Paranaguá, foi o
segundo Visconde (com grandeza, em 1882) e o segundo Marquês de Paranaguá.
Grande do Império, veador de Sua Majestade a Imperatriz, Comendador da Ordem de
São Gregório Magno. Era amigo do Imperador Dom Pedro II. Falecido em 9 de
fevereiro de 1912, no Rio de Janeiro, seu nome é lembrado com grande satisfação
pelos conhecedores da História do Brasil, pois deixou um legado de
comprometimento com o bem público e a população, bem como grandes exemplos de
homem político do Império. Sua filha, Maria Amanda Lustosa Paranaguá, Baronesa de
Loreto por casamento, conhecida na intimidade familiar como Amandinha, foi
grande amiga da Princesa Dona Isabel, acompanhando-a pela vida toda, assim como
a Baronesa de Muritiba. Marcus Henrique
Paranaguá, diplomata brasileiro, orador nesta memorável sessão do Congresso
Nacional, é, como diz a matéria da Casa representativa, sobrinho-trineto do
Marquês do Paranaguá, tendo sido também membro da Juventude Monarquista e é
atualmente grande amigo da Família Imperial do Brasil. Os laços que mantinham
os Paranaguá ligados com a Família Imperial nos áureos tempos monárquicos do
Brasil, continuam sendo mantidos até os dias atuais.
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