Dona Christine de Orleans e Bragança completa 60 anos
“Devemos orgulhar-nos desta corajosa e
batalhadora Nação, que, apesar de imensas dificuldades, continua de cabeça
erguida, sabendo que estamos sempre guiadas pela Santíssima Trindade, que nunca
nos abandonará”, esta é a síntese do pensamento de S.A.R., Dona Christine sobre
o seu dever de Princesa. Exemplo de filha, esposa e mãe, reúne todas as
qualidades de uma grande dama.
Baseado na entrevista concedida ao boletim informativo "Herdeiros do Porvir", em dezembro de 2014, o Blog Monarquia Já rende homenagens a Princesa Dona Christine pelos seus 60
anos.
Dona Christine nasceu em 11 de agosto de
1955, no Castelo de Beloeil, situada na província belga de Hainaut, distante 50
km da capital, Bruxelas. Filha de Antoine, 13º Príncipe Titular de Ligne e da
Princesa Alix, nascida Princesa de Luxemburgo, Bourbon e Parma, Dona Christine
resume desta forma a história de sua família: “os primeiros documentos sobre
minha Família paterna remontam a 1030. Há mais de setecentos anos, Beloeil faz
parte da Família, ou seja, desde o século XIV. Na passagem do século XVI para o
século XVII, um antepassado meu, Lamoral de Ligne, recebeu, do Imperador
Rodolfo II, o título de Príncipe do Santo Império.
Pelo lado materno, descendo dos Grão-Duques
de Luxemburgo, da Casa de Nassau-Orange, dos Bourbon-Parma e, também, vou
entroncar na Casa Real Portuguesa, pois minha bisavó era neta do Rei Dom Miguel
de Portugal, irmão do Imperador Dom Pedro I. Meu marido e eu somos, pois,
primos em 8º grau, já que ambos descendemos de dois irmãos, filhos do Rei Dom
João VI”.
De fato, Dona Christine possui estreitas
relações com diversas famílias Reais da Europa. É prima do Grão-Duque do
Luxemburgo, prima dos Príncipes de Bourbon Parma, dos Bourbon Duas Sícilias, dos
Saxe-Coburgo-Gotha (Família Real da Bélgica), Wettin (Casa Real da Saxônia),
Wittelsbach (Casa Real da Baviera), com
os Löwenstein-Wertheim-Rosenberg, entre muitos outros.
Criada no Castelo de sua família, propriedade
adquirida em 1394 e que hoje, aberto a visitação, recebe milhares de visitantes
por ano, Dona Christine teve educação esmerada, sob os cuidados da mãe. O Príncipe Antoine sempre fez questão de
reforçar que as condições em que haviam nascido, obrigavam-lhes a se tornaram
exemplos para a sociedade e exigiam postura moral muito séria. Este ambiente,
com séculos de história e uma rígida educação, favoreceram que a Princesa
valorizasse a tradição e amplia-se seu sendo de dever histórico. Dona Christine
estudou em conceituadas escolas de Tournai, concluindo sua profissionalização
em Paris e Bruxelas, onde se formou no Instituto Superior de Tradutores e
Intérpretes, o ISTI. Tendo na caridade uma das suas maiores virtudes, sob o
comando das Irmãs da Ordem de Santa Cruz, a Princesa realizou trabalhos
humanitários na Índia. Trabalhou assiduamente com crianças deficientes,
profissionalizando-se nesta área de atuação. Recentemente a Princesa declarou
que “gostaria muito de continuar tendo contato com a Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais (APAE) e outras entidades do gênero. Sinto-me bem nesse
trabalho voluntário”. Em recentes visitas a Portugal e ao estado de Minas
Gerais, a Princesa pôde visitar hospitais e instituições de caridade.
Em 26 de setembro de 1981, Dona Christine se
casou com Dom Antonio de Orleans e Bragança. Os Príncipes se conheceram em
eventos familiares na Europa, vindo a estreitar laços durante o estágio que o
Príncipe Dom Antonio realizou na Alemanha. A visita da Princesa ao Brasil, para
assistir ao casamento do irmão, o Príncipe Michel com a irmã de Dom Antonio,
Dona Eleonora, “só consolidou sentimentos já existentes entre nós dois”. O
casamento foi realizado no Castelo de Beloeil na presença de membros das
famílias Reais e Nobres. Um dos padrinhos foi o Grão-Duque Henri e a
Grã-Duquesa Maria Teresa de Luxemburgo. Com o casamento, iniciava-se uma das
principais dificuldades da vida de uma Princesa: renunciar seus interesses
pessoais, deixar a família, para assumir uma nova nacionalidade, conhecer outra
cultura e servir aos interesses da Pátria que adotou como sua.
No Brasil, Dona Christine residiu em Petrópolis,
ambiente propício para criação dos filhos que teve: Dom Pedro Luiz (1983-2009),
Dona Amélia (1984), Dom Rafael (1986) e Dona Maria Gabriela (1989). Na cidade,
fundada pelos antepassados do marido, a Princesa pôde educa-los para servir o
Brasil, “assim como fez Dom Pedro II. Quando a Princesa Isabel perguntou a seu
pai “‘Então, este povo me pertence?’”, o Imperador Dom Pedro II respondeu:
“’Não, minha filha, você é que pertence a este povo’”, concluindo: “meus filhos
foram educados aprendendo a respeitar o próximo, a tratar todos como gostariam
de ser tratados, sempre com muita sensibilidade e compreensão”. Dom Antonio e
Dona Christine se mudaram para o bairro do Botafogo, no Rio de Janeiro, para
estarem perto dos filhos que foram estudar na capital.
O perfil ideal desta dama, que de acordo com
a ordem de sucessão, poderá ser Imperatriz do Brasil, contrasta com os modelos
que atualmente estão em vigor. A biografia de Dona Christine, acrescida de seus
valores morais e éticos, são a garantia do futuro monárquico do Brasil. Sua
erudição e seu senso de dever, aliados a cultura, a formação profissional e a
vivência adquirida por sua sólida educação, são exemplos da superioridade do
regime monárquico. Sua conduta, reconhecida por todos os monarquistas, é
responsável por uma das maiores propagandas deste sistema de governo,
contrastando severamente com os da república. A dedicação à família, a criação
dos filhos na preparação para o serviço da nação e o fortalecimento do dever
histórico que fez surgir naqueles Príncipes, é a maior demonstração de amor a
este país, que adotou como sua Pátria.
Atenta a situação do nacional, Dona Christine
destaca: “Eu e meus filhos temos esperança em nosso querido Brasil”, afinal são
60 anos, dos quais 34 dedicados ao Brasil e aos brasileiros.
Acompanhe algumas imagens exclusivas dos arquivos do Blog Monarquia Já e do acervo do monarquista Jean Menezes do Carmo:
Acompanhe algumas imagens exclusivas dos arquivos do Blog Monarquia Já e do acervo do monarquista Jean Menezes do Carmo:
Em 1966, Dona Christine (primeira sentada da esquerda para direita), então com 11 anos de idade, compondo a turma da 7º classe do Internato das Freiras Dominicanas de Froyennes
Imagem: Facebook - pesquisa Rafael Cruz
Exclusivo: o convite do casamentos do Príncipes Dom Antonio e Dona Christine, enviado por parte dos Príncipes de Ligne
Imagem: Acervo Jean Menezes do Carmo
Exclusivo: o convite do casamentos do Príncipes Dom Antonio e Dona Christine, enviado por parte do Chefe da Casa Imperial do Brasil
Imagem: Acervo Jean Menezes do Carmo
Exclusivo: Revista Point de Vue noticia do casamento
Imagem: Acervo Jean Menezes do Carmo
Exclusivo: Revista Point de Vue noticia do casamento
Imagem: Acervo Jean Menezes do Carmo
Exclusivo: Revista Point de Vue noticia do casamento
Imagem: Acervo Jean Menezes do Carmo
Exclusivo: Revista Point de Vue noticia do casamento
Imagem: Acervo Jean Menezes do Carmo
Já no Brasil, os Príncipes depois de casados
Imagem: Acervo Blog Monarquia Já
Os Príncipes com três dos quatro filhos, em Petrópolis: da direita para esquerda, a Princesa Dona Amélia, Senhora Spearman, Dom Pedro Luiz e Dom Rafael
Imagem: Acervo Blog Monarquia Já
Dom Antonio e Dona Christine com os filhos
Imagem: Acervo Blog Monarquia Já
A Família Imperial reunida na presença do Abade Emérito do Mosteiro do Rio de Janeiro, Dom José Palmeiro Mendes, durante um evento no Outeiro da Glória
Imagem: Acervo Dom José Palmeiro Mendes
Com as irmãs, as Princesa Ana Maria, Sra. Olivier Mortgat, Sofia, Condessa Filipe de Nicolay e Iolanda, Sra. Hugo Townsend, durante os funerais do 13º Príncipe Titular de Ligne, seu pai, em 2005
Imagem: Eric VdV
Os Príncipes cumprimentam as crianças artistas de Vila Isabel, da ONG CEACA
Em Luxemburgo, o Príncipe Dom Antonio e a Princesa Dona Christine, representando o Chefe da Casa Imperial do Brasil, chegam para o casamento do Grão-Duque Hereditário Guillaume, com a Condessa Stéphanie de Lannoy
Imagem: RTL
Em uma das muitas tarefas representativas, Dona Christine é presentada durante encontro monárquico no Paraná. Por sua postura, nobreza e marcante presença, a Princesa chama a atenção de todos
Imagem: divulgação
Durante a celebração de 80 anos da construção do Cristo Redentor. Dom Antonio e Dona Christine profundamente religiosos, tiveram em comum a educação cristã
Imagem: Canção Nova
Durante o Encontro Monárquico do Rio de Janeiro em 2014, o casal ocupa o centro da mesa de honra
Imagem: Cristina Froes
Dona Christine e Dom Antonio, representando a Chefia da Casa Imperial do Brasil, são recebidos pela primeira dama Mary e o prefeito de Juiz de Fora, Custódio Mattos
Imagem: Prefeitura de Juiz de Fora
Dom Antonio e Dona Christine comparecem as solenes comemorações na Igreja da Imperial Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, no Rio de Janeiro
Imagem: divulgação
No mês em que Sua Alteza Real, a Princesa
Dona Christine de Orleans e Bragança completa 60 anos, o Blog Monarquia Já a
parabeniza, agradecendo pelo amplo serviço em prol do Brasil e na representação
da Casa Imperial.
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