A República e o desapego pela história...
O monumento a Dom Pedro I, localizado na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro, foi inaugurado em 30 de março de 1862, numa cerimônia presidida por Dom Pedro II, que reuniu milhares de pessoas. O ano ficou marcado como sendo o da inauguração do maior monumento [até então] do Brasil.
O conjunto de estátuas conta com grandiosa estrutura, possuindo mais de 15 metros de altura e mais de 50 toneladas de bronze, sendo assinado pelo famoso escultor francês, Louis Rochet. Nela pode-se ver Dom Pedro I, primeiro Imperador do Brasil, empunhando sua espada [roubada do monumento e ainda não reposta], acompanhado de 4 outras representações da vida e da história brasileira, os Rios: Amazonas, Paraná, São Francisco e Madeira.
Pois bem, o dito monumento, que além de reunir características artísticas únicas e ainda hoje permanecer como um dos maiores monumentos destacados a homenagem, da América Latina, não escapou dos mal feitos da República. Na década de 30 do século passado, DEPUTADOS DA REPÚBLICA BRASILEIRA, DEFENDERAM QUE O ESTADO DEVERIA VENDER OU DERRETER O MONUMENTO para que pudesse se pagar a divida externa.
O projeto, que chamou a atenção de todos na época, foi veementemente condenado, não encontrando êxito. Contudo serve como prova do desapego à história do Brasil, que se reflete na falta de manutenção/restauração dos prédios históricos no país e até mesmo na venda destes patrimônios. Patrimônios de valor incalculável, que não recebem o devido valor do governo.
O que é um país sem sua história?
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