Imperatriz Dona Teresa Cristina: há 120 anos a República fazia sua primeira vítima fatal.
Sua Majestade Imperial, a Senhora Dona Teresa Cristina, esposa do Imperador Dom Pedro II, morreu no dia 28 de dezembro de 1889, no Porto, em Portugal. Diz o historiador Max Fleiuss: "Costuma-se dizer que o dia 15 de novembro foi uma revolução incruenta, feita com flores. Houve, porém, pelo menos uma vítima: a Imperatriz ".
A Imperatriz, alcunhada de Mãe do Povo, como já Salientamos aqui, numa breve biografia, Adotou o Brasil, passando a amá-lo desde sua chegada, em 1843.
"Era uma mulher boa e virtuosa, da qual a História fala pouco, porque nada há de mal a dizer-se".
A Imperatriz, alcunhada de Mãe do Povo, como já Salientamos aqui, numa breve biografia, Adotou o Brasil, passando a amá-lo desde sua chegada, em 1843.
"Era uma mulher boa e virtuosa, da qual a História fala pouco, porque nada há de mal a dizer-se".
Jornal Le Gaulois, 29 de dezembro de 1889
Dona Teresa Cristina morreu provando o quanto amava seu povo e a terra em que foi Imperatriz, na agonia da morte disse: "Brasil, terra abençoada que nunca mais verei".
SMI, o Imperador Dom Pedro II, acompanhado de SMI, a Imperatriz Dona Teresa Cristina, nos jardins do Palácio Imperial de Petrópolis.
Sua Majestade Imperial, o Senhor Dom Pedro II, escreveu em memória da Imperatriz, uma simbólica poesia:
A Imperatriz
Corda que estala harpa tangida em mal,
Assim te vás, ó doce companheira
Da Fortuna e do Exílio, verdadeira
Metade de minh'alma entristecida!
De Augusto e velho tronco hastea partida
Transplantada E brazileira em terra,
Lá te fizeste uma sombra hospitaleira
Em que todo infortúnio achou guarida.
Feriu-te a ingratidão, não seu delírio;
Cahiste, e eu fico a sós, neste abandono,
Do seu sepulchro vacillante cirio!
Como foste feliz! Dorme o seu somno,
Mãe do Povo, acabou-se o teu martyrio,
Filha de Reis, ganhaste um grande throno!
D. Pedro D'Alcantara
Tanto lá, quanto aqui, foi muito pranteada. Sepultada no Panteão de São Vicente de Fora, em Portugal, de lá saiu para ser transladada para o Mausoléu Imperial da cidade de Petrópolis.
Foi, portanto, a primeira vítima da república, proclamada em 1889. Sucumbiu de tristeza, de saudades do seu povo, de saudades de sua terra.
Sua Excelência Reverendíssima Dom Felippo Santoro, Bispo de Petrópolis, benze o ataúde onde estão depositados os restos mortais da Imperatriz e do Imperador.
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