Entrevista do Príncipe Dom Antonio
Da Redação do Instituto Brasil Imperial
Gazeta Imperial – Ano XV Nº 176
“O Príncipe Imperial D. Antonio João Maria José Jorge Miguel Rafael Gabriel Gonzaga de Orleans e Bragança é o sétimo filho do Príncipe D. Pedro Henrique de Orleans e Bragança (Chefe da Casa Imperial do Brasil até 1981, ano do seu falecimento) e da Princesa D. Maria da Baviera de Orleans e Bragança; é bisneto da Princesa Isabel, trineto de D. Pedro II, tetraneto de D. Pedro I, e irmão e segundo sucessor do Príncipe D. Luiz de Orleans e Bragança, atual Chefe da Casa Imperial do Brasil. Assim, por linha paterna, descende o Príncipe D. Antonio, dos monarcas da Casa de Bragança, que reinaram em Portugal de 1640 a 1910, e no Brasil, de 1822 a 1889. Ainda pela mesma linha, provém ele da Casa Real da França, unida à Casa Imperial do Brasil pelo casamento do Príncipe Gastão de Orleans, Conde D'Eu com a Princesa Isabel. Por linha materna é bisneto do Rei Luiz III da Baviera, da Casa Real de Wittelsbach, uma das mais antigas da Europa. Brasileiro, nascido no Rio de Janeiro a 24 de Junho de 1950, casou-se em 25 de setembro de 1981 com D. Cristina de Ligne, nascida em Beloeil (Bélgica) em 11-VIII-55, filha do Príncipe Antonio de Ligne e da Princesa Alice de Luxemburgo. Do matrimônio nasceram-lhe quatro filhos: D. Pedro Luiz, Da. Amélia, D. Rafael e Da. Maria Gabriela. É diplomado em Engenharia Civil, Área de Projetos de Grandes Estruturas, pela Universidade de Barra do Piraí, ligada ao complexo da Companhia Siderúrgica Nacional, em 1976. No dia 6 de junho, após a Missa de Ação de Graças realizada na Igreja da Imperial Irmandade de Nossa Senhora do Outeiro, na Glória (Rio de Janeiro), em comemoração ao 72º aniversário do Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, D. Antonio concedeu entrevista ao IBI:
Gostaria que o senhor falasse sobre o nosso chefe da Casa Imperial do Brasil, D. Luiz de Orleans e Bragança.
D. Luiz representa não só para a família como para todos que o conhecem uma figura boníssima e um Chefe de Estado ideal. É de uma boa vontade imensa, um católico fervoroso e muito corajoso. Nunca teve medo de expor suas opiniões quanto a situação atual do País. Certa vez uma senhora portuguesa perguntou a um amigo qual era o perfil dos príncipes brasileiros. Ele falou sobre a imparcialidade de D. Luiz e a defesa da Nação que faz. Ela, então, respondeu: esse é o perfil ideal de um líder para qualquer país do mundo.
Como o senhor vê o atual momento da política nacional?
Nós vemos um descalabro por todos os lados, uma falta de respeito a população, uma falta de respeito as leis. O próprio presidente descumpre a legislação, como no caso da propaganda eleitoral antecipada. Ele, como Chefe de Estado, deveria ser o primeiro a dar exemplo e isso não acontece. Temos um lindo e rico País e se vê tentativas de destruição dele. Atualmente no Brasil há um desrespeito a separação dos poderes com o presidente tentando influenciar a todos de forma negativa. Falta a figura do Imperador, do Poder Moderador, que está acima dos partidos. O Imperador já nasce com a responsabilidade. É um sacrifício que nós, da Família Imperial, fazemos com grande prazer. O Monarca, desde o nascimento, tem uma responsabilidade imensa com a Nação. Desde criança é preparado para considerar o País a sua família. O interesse maior dele, portanto, é o bem da sua Nação, da sua família.
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“Estou tranqüilo quanto ao futuro do movimento monárquico. D. Rafael, na missa em memória do irmão, assumiu o compromisso de seguir os mesmos passos. Ele está se preparando para liderar e ser um grande Chefe de Estado.”
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Os países com melhores resultados de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo são monarquias. Podemos dizer que os países democráticos, com mais justiça social, são conduzidos por monarcas?
Perfeito. Para uma democracia funcionar é preciso o respeito as leis e alguém acima, no caso o Monarca, é fundamental para que sejam cumpridas. O Poder Moderador sempre previu isso. A autoridade moral do Monarca traz em si o respeito às instituições.
Como o senhor acha que os movimentos monarquistas devem se posicionar neste momento do País?
Temos que preparar o País para uma eventual volta a Monarquia com uma mudança radical. Temos que combater várias tendências como, por exemplo, o PNDH-3 (Plano Nacional de Direitos Humanos) que subverte toda a Constituição do País. É uma constituição soviética feita por decreto que não respeita a livre iniciativa, principalmente o agronegócio, e a tradição católica dos brasileiros ao permitir o aborto e proibir símbolos religiosos nas repartições públicas. Eu gostaria de saber o que eles fariam com o Cristo Redentor? É um plano imposto, um golpe marxista, anticristão e antifamília.
O que o senhor acha do ensino de história no Brasil?
Quando eu estudei história falava-se muito pouco da Monarquia. Já com os meus filhos, quando via os trabalhos que os professores passavam eu me irritava de tal maneira com as mentiras, com a maneira jocosa, com os anti-valores que a tendência socialista trouxe para o ensino. Eu lia os livros e falava aos meus filhos que estavam totalmente errados. Os cursos de história atualmente são inteiramente falsos, tentando passar uma visão única, que é a visão socialista. Mas estou tranqüilo quanto ao futuro do movimento monárquico. D. Rafael, na missa em memória do irmão, assumiu o compromisso de seguir os mesmos passos. Ele está se preparando para liderar e ser um grande Chefe de Estado.”
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Os textos e foto são do Instituto Brasil Imperial
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