COLUNA OPINIÃO: Coincidência ou Manipulação Coletiva?
Na coluna OPINIÃO, o Blog Monarquia Já pública
o artigo do monarquista gaúcho Edenilson Luiz da Gama, sobre um importante tema,
a manipulação coletiva sobre a Monarquia no Brasil. Acompanhe:
COLUNA OPINIÃO: Coincidência ou Manipulação Coletiva?
Por Edenilson Luiz da Gama¹
A Rede Globo já começou a gravar a sua
próxima trama das seis, "Novo Mundo". Nela, o casal protagonista Anna
Millman (Isabelle Drummond) e Joaquim Martinho (Chay Suede) embarcam na
comitiva da Imperatriz Dona Leopoldina (Letícia Colin), quando de sua vinda ao
Brasil para casar-se com Dom Pedro I (Caio Castro). A trama misturará a
aventura do jovem casal à eventos e personagens reais da história brasileira,
como o Rei Dom João VI (Leo Jaime), a Rainha Dona Carlota Joaquina (Giulia Gam)
e José Bonifácio (Felipe Camargo).
Mais um deserviço da Rede Globo. Joaquim Martinho e Anna Millman serão
interpretados por Chay Suede e Isabelle Drummond
Imagem: Fabrício Bianchi Gshow
Mas porque estou falando sobre isso e o que
as imagens têm a ver com o assunto? Explico.
É fato mais que provado que quem modela o
imaginário coletivo, modela o horizonte de consciência das pessoas, e quem
modela o horizonte de consciência, estabelece a maneira como certos assuntos
serão pensados, discutidos e percebidos pela opinião pública.
Por essa razão, os engenheiros sociais sempre
focaram suas ações na cultura e linguagem, tratando a política imediata apenas
como uma necessidade secundária, uma espécie de "controle de danos",
enquanto a verdadeira tomada de poder iria se sedimentando através da propaganda
e da manipulação de símbolos. Prova disso, é que uma das principais medidas
tomadas por Hitler, após conquistar o poder, foi a criação do Ministério do Reich, que tinha como umas das principais
divisões um departamento de propaganda, para esclarecimento popular, que, sob o
comando de Joseph Goebbels, tinha como missão transmitir a doutrina nazista
através de filmes, teatro, obras de arte, música, livros, etc.
Pois bem, de uns tempos pra cá, devido ao
caos político que vivemos, a ideia de uma restauração monárquica no Brasil têm
saído de círculos fechados e tomado cada vez mais espaço nas redes sociais.
Cenário impensável há 10 anos. Hoje colunistas da grande mídia e deputados já
se posicionam abertamente em favor da Monarquia, o Príncipe Dom Bertrand de
Orleans e Bragança é entrevistado em programa de rádios e televisão, dentro os
quais o da Rede TV, e Dom Luiz Philippe de Orleans e Bragança - sobrinho de Dom
Bertrand e um dos principais líderes dos movimentos civis pró-impeachment -
alcança público cada vez maior, seja por sua atuação na militância, seja pela
presença em jornais e programas populares, como o “Pânico” da Jovem Pam.
Nesse cenário de modesto, mas constante,
crescimento da proposta monárquica, coincidentemente, as duas maiores emissoras
do país iniciam projetos televisivos desenhados sob o pano de fundo da Monarquia
- "Novo mundo", na Globo, e "Belaventura", na Record, que
também pretende trazer este tema.
Como sou da opinião de que nada é mais raro
que a coincidência e que esses projetos certamente produzirão efeitos sobre a
percepção das pessoas acerca desse movimento político nascente, logo me pus
atento. Não que o imaginário sobre a Monarquia precise ser mais manchado
através da manipulação suja. O brasileiro já aprende desde a infância que a Monarquia
era um atraso, que Dom João VI era um gordo, comedor de coxas de frango (graças
ao filme de Carla Camurati reproduzido em todas as escolas do país), que a
Família Imperial vivia no luxo enquanto escravizava os negros, que a república
libertou o Brasil, etc. Em suma, uma versão completamente mentirosa da
realidade, nascida pela aplicação ao período monárquico da boa e velha luta de
classes marxista, uma visão compartilhada por 99% dos nosso historiadores e
imposta às pessoas via sistema educacional e cultural.
Mas, como dizia, quando soube destes
projetos, graças ao meu amigo Taiguara, uma luz de perigo acendeu na minha
cabeça. Dado o alcance e capacidade de influência, achei por bem fazer uma
rápida pesquisa sobre quem eram e o que pensavam os autores da trama da Globo.
Eis o que achei:
- Alessandro Marson: a tomar por suas redes
sociais, embora seja de Campinas, é o típico Carioca que "Fecha com
Freixo". Elogia artigos de "Frei" Beto e Gregório Duvivier,
milita em favor da causa LGBT, é admirador do glorioso Jean Wyllys, coloca foto
de capa em Homenagem à Luciana Genro, e, como não poderia deixar de ser,
abomina o "fascista" Jair Bolsonaro.
- Thereza Falcão: defende a democrática ideia
de que líderes religiosos não devem se candidatar - como se a religião
transformasse o indivíduo em um cidadão de segunda classe, sem direitos
políticos. Também "Fecha com Freixo" e é uma entusiasta e defensora
de Jean Wyllys, grita #ForaTemer junto com Caetano Veloso e, como não poderia
deixar de ser, abomina o "fascista" Jair Bolsonaro.
Agora me digam: qual visão sobre o período
monárquico terão dois socialistas desse naipe, admiradores do PSOL e de figuras
como Jean Wyllys, que mostram professar toda a agenda cultural esquerdista que
devastou o país?
Não sei a opinião dos leitores, mas eu
arriscaria dizer que essa novela será um exercício de manipulação ideológica,
pura e simples. A verdade histórica será deixada de lado e será feito todo o
possível para inocular nos telespectadores - gente que talvez nunca tenha
acesso à história senão por meio de novelas e filmes - uma visão completamente
deturpada da Monarquia, seus personagens, sua importância e seu significado
para o passado e futuro do país.
Esse projeto não será uma novela, será uma
vacina contra a Monarquia no Brasil.
¹ O autor é militante, monarquista gaúcho da
cidade de Erechim, tem 44 anos e atua na área da Segurança Privada.
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