Orquestra faz concerto para lembrar a Independência
Por André Simões em odiario.com
"Desfiles, paradas, hasteamento da bandeira. São os programas típicos do 7 de setembro - e todos acontecem de manhã. Mas e à noite, por que não pode haver nada para comemorar a data? Foi pensando em oferecer uma opção de entretenimento noturno no feriado que o maestro Davi de Oliveira, da Orquestra Filarmônica Cesumar, idealizou o Concerto da Independência, que começa às 20h, nesta terça-feira, no Teatro Calil Haddad, com entrada gratuita.
"Queria quebrar essa rotina estabelecida", explica. Oliveira vê no concerto uma oportunidade não só para lembrar a independência política do Brasil como também mostrar a autonomia musical do País, num programa que inclui obras de compositores brasileiros do século 20 como Villa-Lobos, Lorenzo Fernandez e Guerra Peixe. "Devemos celebrar a riqueza de nosso repertório erudito", diz o maestro.
O programa, contudo, é bastante diversificado, incluindo arranjos para canções populares "Eu Sei que Vou te Amar", de Tom e Vinícius, peças de compositores estrangeiros e até um excerto da trilha sonora de "O Senhor dos Anéis".
Violoncelistas da Filarmônica: ideia do concerto é mostrar também a autonomia musical do País
E aí o maestro não esconde que o critério usado foi jogar para a torcida: como o dia é de celebração, buscaram-se obras amplamente conhecidas para manter o clima de festa. "Com aquele excerto da ópera de Verdi, La Donna è Mobile, consigo atenção imediata do público", exemplifica.
Violoncelistas da Filarmônica: a ideia do concerto é mostrar também a autonomia musicaldo país |
Na abertura do concerto, que conta com a participação do Coral Cesumar, de 50 integrantes, será executado o Scherzo op.31 N°2 de Chopin, em homenagem ao bicentenário do compositor polonês; para o encerramento, não poderia faltar o Hino à Independência do Brasil, "para todos cantarem junto".
Mas, se executa apenas peças já muito difundidas, a orquestra não deixa de lado a função de formar novo público para o repertório erudito? O maestro responde à provocação do repórter dizendo que a orquestra não faz mais concertos por uma simples questão de agenda lotada dos integrantes."
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