Livro "Dom Pedro II na Alemanha - Uma amizade tradicional" de Dom Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança
Dom Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança
lançara seu novo livro Dom Pedro II na
Alemanha - Uma amizade tradicional. A obra é uma compilação da extensa pesquisa realizada pelo
ilustre descendente do segundo Imperador do Brasil, sobre a visita realizada
pelo monarca a das Land der Dichter und
Denke (terra dos poetas e dos pensadores).
Diz a sinopse do livro:
Dom Pedro II somava,
as suas várias ocupações como Chefe de Estado, uma intensa pesquisa e estudo em
diferentes áreas. Dedicado às artes, ciências e técnicas, apreciava a música de
Richard Wagner, acompanhava as conquistas tecnológicas surgidas na Europa e lia
toda sorte de livros, sobre os mais diversos assuntos.
Os estudos
particulares do segundo imperador do Brasil não se restringiam, porem, a seu
gabinete. Em diferentes ocasiões, ao longo de seu reinado, licenciou-se para
realizar viagens de cunho privado ao EUA e à Europa, onde buscou travar
conhecimento pessoal com artistas e cientistas, além de visitar museus,
logradouros de importância histórica, entidades de ensino de vários níveis,
fabricas modernas e instituições de saúde.
Essas viagens, embora
redundassem em vantagens em país na medida em que o soberano se informava
acerca de avanços técnicos e tecnológicos que poderiam ser implantados no
Brasil, não eram pagas pelo Estado. Dom Pedro II fazia questão de financiá-las
com recursos próprios, muitas vezes tomando empréstimos que saldava, depois, ao
poucos, mediante débitos de sua dotação.
Caracterizando por
uma agenda intensa, que implicava poucos dias de estada em cada localidade ao
longo de um roteiro muitas vezes extenso, esses deslocamentos eram feitos por
Dom Pedro II e por sua reduzida comitiva, tanto quanto possível na condição de
anonimato, para evitar demoradas cerimônias protocolares de recepção e de
despedida. Se nem sempre foi possível manter-se incógnito, Dom Pedro II
invariavelmente surpreendeu autoridades de outros países, opondo, ao fausto
manifestando nessas ocasiões segundo o uso vigente, a simplicidade de seus
trajes de viagem e de seu trato social, aos quais sobrepunham um pedido, como
fez na visita ao EUA: “Me chame Mister Alcântara, o Imperador ficou no
Brasil.”
Dom Pedro II na Alemanha recupera algumas particularidades
até o momento inéditas da postura de Dom Pedro II como homem e como monarca,
proporcionando uma visão mais abrangente de sua personalidade, cujas facetas,
se bem compreendidas, podem auxiliar no entendimento de alguns fatos ocorridos
no Brasil durante o período do Segundo Reinando.
E completa:
Dom Pedro II sempre
desejou dar a seu país uma perspectiva e uma imagem de progresso, de cultura e
de liberdade. Desde jovem almejava esse objetivo, para a concretização do qual
se colocou em contato com cientistas, industriais, literatos e sábios do mundo
civilizado de sua época.
Após trinta anos de
bom governo, empreendeu à própria custa, para complementar seus conhecimentos,
diversas viagens ao exterior.
Uma das nações que
mais lhe interessou foi a Alemanha; não, certamente, pelo militarismo que ali
vigorava àquele tempo, mas pela vasta gama de inovações técnicas desenvolvidas
em diferentes áreas, como a agricultura, e pelas conquistas culturais em geral,
que poderiam beneficiar nosso país.
A grande imigração germânica
para o Brasil também foi por ele apoiada em virtude dos bons resultados desde
cedo obtidos.
Em Dom Pedro II na Alemanha, o leitor
encontrará Dom Pedro de Alcântara a impressionar sábios europeus com sua vasta
erudição e simplicidade de modos.
Publicado pelo
Senac São Paulo, este livro narra fatos
em grande parte inéditos sobre a trajetória de Dom Pedro II que, além de
importantes como objeto de conhecimento, nos proporcionam, também, ensejo para
recordar essa antiga e tradicional amizade entre os dois países, revivida em
2013, com a celebração do ano do Brasil na Alemanha.
Dom Carlos é um dos mais destacados membros
da Família Imperial do Brasil e se dedica desde a juventude à pesquisa da
História do Brasil, tendo diversas obras lançadas, dentre as quais o premiado
livro "A Princesa Flor Dona Maria Amélia, a filha mais linda de D. Pedro I
do Brasil e IV do Nome de Portugal" e interessantes estudos como “O Ramo
Brasileiro da Casa de Bragança”, entre outros, realizados para o Museu Histórico
Nacional, Instituto Histórico e Geográfico do Brasil e outras entidades de
renome.
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