Monumento a Dom Pedro I completa 150 anos
Acaba de completar 150 anos, um dos maiores símbolos de representação e homenagem do país, a estátua equestre de Dom Pedro I, no Rio de Janeiro.
Inaugurada em 30 de março de 1862, numa cerimônia com a presença do Imperador Dom Pedro II, contando então com uma orquestra de mais de 600 componentes, que tocaram, na ocasião, o Hino da Independência, de autoria do homenageado, comovendo a multidão que lá se encontrava. O monumento foi encomendado a Louis Rochet, famoso escultor francês, que executou a bela obra de 15 metros de altura e mais de 50 toneladas de bronze. A estátua representa o fundador do Império do Brasil, a quem os brasileiros devem a identidade, nacionalidade e Soberania – o Imperador Dom Pedro I – imortalizado no momento em que, a beira do Rio Ipiranga, gritava: Independência ou Morte!. Ainda no monumento estão representados os Rios Amazonas, Paraná, São Francisco e Madeira, completados com figuras indígenas e gárgulas.
As vésperas de se completar os 150 anos de sua inauguração, o governo Estadual do Rio de Janeiro executou a limpeza deste patrimônio histórico, dando-lhe a atenção devida. No dia 30 de março de 2012, o monumento ganhou uma bonita homenagem que contou com a presença das autoridades locais, de membros da Família Imperial do Brasil e da população carioca. Na ocasião o Príncipe Dom Antonio de Orleans e Bragança, representando Dom Luiz, Chefe da Casa Imperial do Brasil, seu irmão, proferiu um discurso com dados históricos, reavivando os tempos áureos do Império e a figura do seu ilustre antepassado. Segundo Dom Antonio “Dom Pedro I foi o fundador de nosso império, ele se arriscou, ele tinha um grande amor pelo país. Então as cortes portuguesas queriam fazer que o Brasil voltasse a ser colônia. Dom Pedro I, junto com grandes brasileiros como José Bonifácio, resolveu que aquele era o momento de fazer a independência”, justificando a bela homenagem que o Imperador Dom Pedro II fez ao pai há 150 anos.
Dona Maria Gabriela e Dom Antonio de Orleans e Brgagança acompanhados pelo Guarda de Honra e pelo Secretário de Conservação do Rio de Janeiro |
Dom Antonio em discurso |
Mesmo com o clima de festa que movimentou os últimos dias, é necessário relembrar o descaso pelo qual o monumento passou desde 1889. Sendo uma referência direta a Monarquia e aos grandes feitos de um monarca, a praça onde o monumento foi erguido teve seu nome trocado. Em 1890, a Praça da Constituição passou a se chamar Praça Tiradentes, em homenagem ao golpista que virou mártir para tentar substituir Dom Pedro I, verdadeiro defensor da Pátria e da Independência. Na década de 30 do século passado, Deputados da República discutiram a possibilidade de derreter ou vender o monumento, a fim de pagar a dívida externa. Ainda no século XX, foram muitos os casos de roubo, pichações e vandalismo de toda ordem contra o monumento. A espada de Dom Pedro I havia sido roubada, assim como outros objetos. Somente agora o governo carioca parece ter dado o real valor a este valioso monumento.
Antiga Praça da Constituição, atual Praça Tiradentes vista do alto |
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