Dom Pedro I, Dona Leopoldina e Dona Amélia: um novo olhar sobre a História
A Imperatriz Dona Leopoldina, o Imperador Dom Pedro I e a Imperatriz Dona Amélia em imagem do Blog Monarquia Já
Nos últimos dias, um assunto tem chamado a
atenção da população brasileira e até do exterior. A notícia, já conhecida dos
monarquistas desde 2010, só agora ganhou o conhecimento do grande público,
trata-se, pois, da exumação dos restos mortais do Imperador Dom Pedro I e das
Imperatriz Dona Leopoldina e Dona Amélia.
Com a autorização do Chefe da Casa Imperial
do Brasil, o Príncipe Senhor Dom Luiz de Orleans e Bragança, a professora
Valdirene do Carmo Ambiel liderou a equipe composta por historiadores, arqueólogos,
médicos e físicos, responsável pelas pesquisas dos imperais despojos que embasaram
sua tese de doutorado, apresentada no dia 18 de fevereiro no Museu de
Arqueologia e Etnologia da USP.
As pesquisas tiveram maior ênfase em 2012,
quando os corpos deixaram a cripta do Monumento do Ipiranga, em São Paulo, onde
repousam desde 1972. Um missa, celebrada em latim, marcou o início dos
trabalhos e antecedeu a abertura dos ataúdes.
Exames de grande complexidade, com utilização
de tecnologias inovadoras, permitiram trazer novidades à História. A Professora
Valdirene conseguiu provar com a pesquisa, por exemplo, que a Imperatriz Dona
Leopoldina não morreu vitimada por uma agressão do Imperador
Dom Pedro I, seu marido, conforme até então alguns historiadores sustentaram. Dom
Bertrand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, destacou em
entrevista ao “Estadão” que “os resultados são muito interessantes porque
confirmam aspectos históricos e desmentem outros”, constatando que “ao
contrário do que informam os historiadores malévolos, ela não morreu porque
recebeu um pontapé do marido. A pesquisa prova que o aborto que sofreu foi
espontâneo e a morte dela não foi decorrente de nenhuma violência”. Os corpos
de Dom Pedro I e de Dona Leopoldina ainda guardavam parte das vestes, com as
quais foram enterrados. O Imperador, na época da sua morte, na qualidade de
Duque de Bragança e militar de Portugal, foi enterrado com as ordens
honorificas daquele país. A Imperatriz Dona Leopoldina, falecida muito jovem,
foi sepultada com os trajes majestáticos de sua coroação, tecidos que se
conservam até os dias atuais. A Imperatriz Dona Amélia, falecida em Portugal e transladada
para o Brasil, possui o melhor estado de conservação, estando intacta. Os
arqueólogos ressaltam que a pele, as unhas, os cílios e até mesmo o cérebro
permanecem íntegros.
A Professora Valdirene, que não esconde sua
emoção em liderar esta pesquisa de grande responsabilidade, tem vínculos com o
bairro do Ipiranga e sempre se preocupou com a conservação e a manutenção da
cripta do Monumento, tendo agora a possibilidade, de com seu belo trabalho,
contribuir decisivamente para que a História do Brasil seja melhor contada. A
Professora destaca que as pesquisas e as consequentes descobertas formam um presente
para a ciência do Brasil, destacando também que outras pesquisas podem ser
feitas através deste primeiro trabalho, sendo possível, inclusive, no futuro,
reconstituir a face do Imperador e das Imperatrizes. Dionatan S. Cunha,
idealizador do “Blog Monarquia Já”, que já conhecia os estudos da Professora
Valdirene, afirma a competência com que conduziu as pesquisas: “a Professora
Valdirene dedica especial atenção a este projeto, seu profissionalismo se alia
ao respeito e a admiração pelo Imperador e pelas Imperatrizes, transformando este
trabalho num destacado marco para a História. A Professora e a equipe estão de
parabéns, foi um trabalho brilhante”.
Jornais de todos os Estados do Brasil e da Europa,
China e Estados Unidos noticiaram o assunto. As revistas Veja, IstoÉ e Galileu
também trazem, nas suas próximas edições, notícias sobre as pesquisas. O Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança
também concedeu entrevista a Rádio Globo que pode ser ouvida em http://radioglobo.globoradio.globo.com/manha-da-globo-rj/2013/02/19/ENTREVISTA-EXUMACAO-DE-DPEDRO-I.htm.
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